sábado, 26 de junho de 2010

Observação:

Não quero que isto se torne um blog-diário ou um blog de casamento. Mas não posso deixar de comentar. Por isso, muito tímida, quase em silêncio, eu conto aos meus parcos leitores:



Hoje fui ver meu vestido de noiva!!!!

"O Mestre" - Ana Hatherly. Rio de Janeiro: 7Letras, 2006.

- Ah, o corpo! Mas quem nos diz que no nosso corpo não se repetirá aquela lenda do inventor da lira, a história daquele homem a quem morreu um dia o filho ternamente amado? Não é verdade que não o querendo enterrar, o Pai pendurou-lhe o corpo no ramo de uma árvore, até que o esqueleto se desfez restando apenas intacto o osso de uma coxa e que então o Pai fez com essa parte do corpo do seu filho uma lira para com ela cantar a tristeza de o haver perdido?
Todos podemos fazer do nosso corpo uma lira para com ela cantarmos a tristeza de o havermos perdido, mas todos podemos igualmente fazer do nosso corpo uma lira e com ela cantarmos a alegria de termos um corpo vibrátil como um instrumento musical. Não pendurarei o corpo da pessoa amada num ramo duma árvore esperando que o cento lhe dilacere a carne e me deixe o seu esqueleto para eu fazer um violoncelo e dos seus membros arcos. Saberei tocar com as minhas mãos a mais irreal de todas as formas, o corpo, esse breve condensado de linfa multicor estremecendo ao som da minha voz, da tua voz, correndo, rindo, dormindo, erguendo os olhos, estendendo a mão para acariciar, empunhando a lâmina fina com que há de finalmente destruir-se até ficar uma lira pendurada num ramo duma árvore.

* Ele vem comigo ouvir o som da nossa lira. Viva. Em carne, osso e música *

sexta-feira, 18 de junho de 2010

A Saramago




Se ele foi capaz de criar a Blimunda, as vontades da Blimunda, no Memorial do Convento, é porque também tinha lá suas vontades. Nuvens inquietas dentro de seu ventre que, engarrafadas, transformavam-se em palavras. Palavras jorradas, fortes, que não davam nem trela aos pontos, travessões, aspas. Para quê? Havia muito a ser dito... As vontades eram mais fortes.

Ainda bem que o Fernando Meirelles transformou palavras em filme, que ele gostou tanto que foi às (discretas) lágrimas.
Ainda bem que ele construiu um Memorial de palavras, com tantas janelas e portas abertas que acho difícil a morte o alcançar.

domingo, 13 de junho de 2010

And so what should we do?!



Pétalas de amor em domicílio...



*Obs: Incrível como ele pode ser tão lindo e me fazer carinho tão de longe!

sábado, 12 de junho de 2010

What should we do so far away?

A menina dos meus olhos acordou triste, tristinha. Mas logo, logo apercebeu-se do sonho e voltou a sonhar. Sonhou com o telefone tocando, com o namorado desejando um feliz dia de São Valentim, que fofo. O menino que, de longe, participava do sonho, acabou levando a pior por estar assim,











longe.

Então,bemdepertinho,elaselembroudequeeraumsonho.

Sem abrir os olhos, ouviu duas coisas fantásticas:
1) Um agradecimento a Deus (que também está longe) por tê-la por perto.
2) Uma música linda, com tradução e tudo, que cantava A SUA VIDA.

Perturbada, a menina dos meus olhos resolveu se beliscar. Seu sonho já estava sufocando, inundado e deixando-a sem ar. E a lágrima que hoje rolou dos seus olhos, nesta linda manhã de "São Valentim", foi o extrapolar do sonho.

What should we do if we are so far away?
Nothing, let it go.
I'll just thank God because I found you.

[Thank God you found me]


* Ser sua, querido, é viver em sonho. Adoro ser a menina dos seus olhos*

Te amo pra sempre!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

:(

Incrível notar como o desespero frente a uma montanha de provas e trabalhos e folhas e coisas brancas, finas, flácidas e, diria, quase fedorentas, acabam com a inspiração. E com o bom humor. Com o meu, pelo menos.