sábado, 25 de dezembro de 2010

Sobre estar junto




Igualzinha a muitas, diferente de outras tantas, como tão somente eu mesma, sempre quis me casar. Tradicionalmente de noiva branca, com arroz, confete, serpentina e alegria transbordando.
Assim que nasci nós ficamos juntos, mas só nos encontramos algum tempo depois.
Namoramos, noivamos - e isso só os inteligentes puderam ver - e, enfim, nos casamos.
Estamos juntos há uma semana e um dia.

O casamento foi bem NOSSO: eu, tradicionalmente de noiva branca; ele, tradicionalmente de terno lindo, preto. Astromélias coloridas no buquê e na lapela. Chuva de arroz, confete, serpentina, alegria, alegria, alegria e amor. Muito amor.

O véu comprido carregou o tempo do conhecimento.
Os pulinhos simbolizaram a alegria do momento.
As palmas receberam a beleza do estar junto. Para todo o sempre. Perante de Deus no Céu e nos outros. Muitos e muitos outros, igreja lotada, festa radiante. "O melhor casamento que já fui" - ouvi por aí.

E hoje, felicitamos juntos o Natal, nosso primeiro.

Sobre as flores da igreja, sobre a festa animada, sobre dinks, acepipes e festejos, muitos reenlaces de memória hão de ser tecidos.

Mas estar junto, essas palavras não ditas, que se fazem pelas mãos, em impulso de coração... Essas não. Essas eu não conto, e nem ele. Essas acordam conosco e conosco dormem no abraço. No te amo nosso de cada dia.

Assinado: senhora M.