terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Metrô RJ


Uma experiência indescritível.

Atenção ao itinerário: Pavuna/ Saens Peña: um deles poderá mudar a sua vida!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Mais um, oba!

Uau! Quantos posts! Tudo porque os planos de praia foram frustrados pelo tempo lusco-fusco.

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Semana passada fui dar umas voltas pelo Centro do Rio. Entrei no CCBB, entrei na Travessa e comprei meu presente de Natal. Estou lendo meu presente: Ficções, do J. L. Borges. Escrita reflexiva, sobre a escrita. De um jeito bonito, poético, mas sem epifanias cheias de dedos. Estou apaixonada pelo Pierre Menard, quero ir na Biblioteca de Babel. Pra quem gosta de boa leitura, sem muitas aventuras hardcore, recomendo. Muito.

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Até que eu estou gostando desse início de férias sem viagem, meio assim-assim.

Eu


Sinto-me meio Chagall hoje.

Promessas de ano novo

Muito chata essa coisa de seguir tradição. Mas o final de ano, especialmente o limbo temporal entre 24 de dezembro e 1º de janeiro, parece ser uma época ímã, já que atrai tanto pedido, reflexão, roupa vermelha e calcinha branca (ou vermelha, ou rosa, ou verde, depende do pedido pro ano novo). Do lado de cá temos a seguinte política: deletar correntes, agradecer cartões eletrônicos (se chegassem pelo correio teriam toda a consideração do mundo, seriam até respondidos. Ai, tô velha!), roupa nova (ou seminova) pro Natal e pro Ano Novo. Semitradicionalistas, hum? Bom conceito, taí. Então, apoveitemo-nos dessa condição para traçar algumas metas para 2010. Vejamos:

1- Plano físico:
fazer alguma coisa. Pode ser yoga, sapateado ou caminhada, mesmo.

2- Plano intelectual:
mestrado.

3- Plano social:
exercitar a simpatia, a cordialidade e, principalmente, a paciência. Estar mais na companhia dos amigos.

4- Plano familiar:
idem ao plano social. Trocar "amigos" por "familiares".

5- Plano espiritual:
exercer a paciência, estar mais com os amigos, confiar mais em mim, "estar em par com Deus", deixar o coração aberto pra ouvir, entender, perdoar. Ser mais livre. Ouvir a mim mesma, entender a mim mesma. Depois fazer tudo isso com os outros.

Feliz 2010!
(Ainda bem que aquela parafernalha de 2000INOVE, puts! acabou, nunca mais será ouvida!!!)





domingo, 27 de dezembro de 2009

Condicional

O que era mar de rosas, virou cinzas. Daí vem a condição. Só quero de novo se for só comigo. Não, você não entendeu. Só, comigo, eu e eu, mais ninguém. Porque a condição de agora em diante é não ter mais confiança, não acreditar mais, perder a fé. Quando você perdoa e reacredita, mas o reacreditado não se faz acreditar e mergulha num segundo erro, muito mais profundo, embora de mesmo teor, não se pode mais confiar. A escolha é perder a fé, para não tomar uma rasteira dela. Dizem que dor de amor dói muito. Dói, eu sei. Já falei que dor de saudade dói também. Mas é preciso acresentar que dor de mágoa, de raiva, de descrença, de decepção, tudo junto e misturado, dói muito, muito mais. Porque dói em você por uma coisa que você não fez, não quis e não pediu. Só caiu no seu colo e se encaixou como uma luva.
A condição agora é refletir e entender que não é bem assim que a banda toca. Não por aqui. Aqui o samba é miudinho, gostoso e aconchegante. E tem espaço pra quem samba miudinho, gostoso e aconchegante. De cara, sem esconder o jogo. porque é condição, também, daqui pra frente, que as máscaras caiam desde o início.
Aproveite o Ano Novo pra começar uma vida nova. Sem mentiras, sem hipocrisia, sem fuga. Aproveite para mostrar às pessoas quem você realmente é. Tenho certeza de que não vai ser todo mundo que tem um samba como o daqui de casa. Tenho certeza que você não vai achar um ritmo como o meu.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Flowers

Antes de mais nada, cabe um pedido de desculpas: disseram por aqui que não se falava mais em flores. Mas o caso hoje é verídico e merece destaque. So sorry, but...

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Hoje Mariazinha estava em casa, distraída que só, de férias, assistindo a um bom filme. 14:15. Um caloooor! Daí, péeeeeeee. Toca a campainha. Mariazinha vai e abre a porta. "Ué, mas já?!" - primeira surpresa do dia: F., que prometera chegar às 14:30 em ponto, adiantou-se em 15 minutos! - F. pisa com o pé direito, marcando a sorte do ano novo que está chegando. E então, tudo começa a girar em câmera lenta - segunda surpresa:

mãos para trás... mãos para a frente... gesto de surpresa... FLORES (inevitável não falar delas: lindas, cheirosas, uma delícia!)

Flores brancas, palmas brancas. Palmas como as que são batidas pelo público ao final do espetáculo. Mas esse, meu amor, está só começando. Muitas palmas ainda serão batidas. Palmas brancas, por favor. Brancas como as que ganhei hoje. Brancas como o vestido da menina que espera na porta do cinema. Acho que ela já está ouvindo as palmas que vêm de lá de dentro. Deve ser um filme bom. E o menino do terno preto já está a caminho. Logo, logo eles vão se encontrar e, péeeeee. É a campainha? Shhhh! Silêncio! O filme já começou!

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Tomando partido

Deste lado da fronteira, os cidadãos não costumam muito falar de política. Por não entender xongas, o eu-contribuinte sente-se no direito (e, em certa medida, no dever) de ficar calado e ouvir a opinião de quem é eu-entendedor. Então tá: de tanto ouvir o economista-namorado exaltar as proezas (sem deboche, que fique bem claro) do Presidente da República, a namorada-das-letras acabou por convencer-se de que seu voto não foi furado e, enfim, resolveu ceder espacinho por aqui para escrevinhar sobre política. Não, não, nada de politicagem, pelo contrário: no melhor estilo boas-festas, porque foi linda mesmo a mensagem do Lula. Simplinha, bonita de ouvir e legal de reproduzir. Se o JN resolveu somente destacar a parte de boas-festas, feliz natal pra vocês também. Eu, para fazer a minha parte, já que o ano termina e renasce outra vez, reproduzo tudinho, timtim por timtim:



Minhas amigas e meus amigos: Feliz Natal!

domingo, 13 de dezembro de 2009

Tem alguém espiando pelo buraco da fechadura

Acreditem ou não (e eu me incluo na (des)crença): procurando um poemito bonito para postar aqui, abro os POEMAS TRADUZIDOS de Manuel Bandeira e leio:

"Quatro poemas de Natal"

Deve ser pra reproduzir um deles aqui. Lá vai:

Teus olhos
Juntam as mãos
Como as madonas
De Leonardo.

Os bosques de ocaso,
As frondes amoradas
De um Renascimento sombrio.

O rebanho do mar
Bale para a gruta
Do céu cheio de anjos.

Deus encarna-se
Num menino que busca os brinquedos
De tuas mãos.

Teus lábios
Dão o calor que negam
A vaca e o burro.

E na penumbra
Tua cabeleira afofa as suas palhas
Para o Deus Menino.

(Rafael de la Fuente)

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Então, é Natal?

A festa cristã, do velho, do novo, do amor como um todo.

Então, é Natal?
Jura mesmo?
Nem tinha percebido!

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Quando as coisas por aqui pareciam bem maiores, achava-se que o Natal era tempo de arrumar a árvore, preparar a casa, desde a última semana de novembro, para receber Jesus, esperar Papai Noel e afins.
Agora que as coisas tomaram proporções maiores, Natal é tempo de comprar presente de véspera, é data limite pras férias escolares, é tempo de catarse quando, à meia-noite, enfim, o abraço caloroso que esperou o ano interio para se manifestar acontece. É tempo de dormir tarde (porque só se deseja Feliz Natal! à meia noite), acordar tarde (porque não se trabalha no dia 25) e iniciar dietas desesperadas (porque no Ano Novo se veste branco, e branco engorda).

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Saudade dos velhos natais, sem sombra de dúvida!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Problemas técnicos

Algo acontece e eu não consigo comentar. Então, posto comentários:

Patrícia, amiga: depois te ligo e te conto tudo!

Clau: seja bem-vinda!

Ivy: Acho que a minha carência de leitores, revelada por aqui, está colhendo os looooouros da fama! Já arranjei duas leitoras que não são minhas amigas diretas!!! Que supimpa!

Beijos e obrigada pela atenção!

domingo, 6 de dezembro de 2009

Pensando em ovos - simbologia

Ontem, do nada, imaginei um ovo. Muito louco! Não era um ovo qualquer. Eu estava me divertindo, lalalá, quando, de repente, um day dream me tomou de jeito e eu tive a "visage": dentro de uma panela com água, fria, entre vírgulas, que fique bem claro, porque gelou o calor do meu dia, eu vi, senti e (por pouco) comi um ovo meio cozido, meio cru, tipo pochè. Até desejei o tal do ovo.
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Me sinto super à vontade em escrever isso aqui, dadas inúmeras razões, dentre as quais:
1) O blog é meu;
2) o sonho foi meu, portanto, faço o que bem entender com ele;
And last, but not least:
3) quem lê este blog? Eu,. Logo, não só sonho insanidades como me sinto, torno a dizer, extremamente à vontade para expô-las a mim mesma.
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Escrever organiza as ideias. Creio que a simbologia do sonho seja a seguinte: extravasamento da neurose causada por ter um blog não acessado. Será? Freud explica.

movimentos (quase) diários

Todo dia ela faz tudo sempre igual me sacode às seis horas da manhã me sorri um sorriso pontual e me beija com a boca de hortelã.

Todo dia ela acorda sai pra trabalhar volta sai de novo volta se preocupa dorme.

Todo dia anoitece jornal novela, boa noite.

Todo dia amanhece.

Reamanhece.

E apesar de você querer, não querer, amanhã há de ser outro dia.

Olha lá o sol indo embora: